Quando a relação de casal não tem condições para continuar há que trabalhar a relação que se sucederá.
É possível que, após o divórcio, a relação do ex-casal seja uma relação cordial e pacífica.
Tudo dependerá da forma como se administra o conflito familiar.
Nós, mediadores de conflitos, entendemos que o conflito não deve ser considerado como algo de negativo.
O que caracteriza o conflito como negativo ou positivo tem essencialmente a ver com a abordagem que dele fazemos.
A vida é dinâmica e as perspetivas do ser humano vão mudando.
Pelo que é possível que uma relação interpessoal que fazia sentido como relação de casal possa modificar-se. Isto é, possa continuar a existir de uma forma de diferente.
Na relação familiar, ao conflito estão associadas emoções que deverão ser acolhidas e trabalhadas, caso contrário podemos ter sentimentos de frustração e de falta de reconhecimento.
A mediação familiar faz uma abordagem do conflito familiar atendendo ao interesse de todos os envolvidos, nomeadamente marido, mulher e filhos. Promovendo uma lógica de cooperação, em que as necessidades de cada membro da família são respeitadas, percebendo que a satisfação das necessidades de um não terá de ser satisfeita à custa da insatisfação das necessidades do outro.
Carla Mucha
