Semana Internacional da Amamentação (1 a 7 de Agosto 2014)

03-08-2014 21:35

Na Noruega, 98% dos recém-nascidos são amamentados e destes, 80% continuam a mamar até completarem 6 meses de idade. Um país onde que as práticas hospitalares estimulam o aleitamento e as licenças parentais rondam um ano, divididas entre pai e mãe de acordo com a sua realidade e exigência profissional. A Dinamarca segue o mesmo exemplo, a Finlândia permite o gozo de 42 semanas, mas é a Suécia que bate todos os recordes com um ano e quatro meses de licença. A Alemanha permite o gozo de 58 semanas, sendo que 8 são em exclusivo para o pai.

Em Portugal gozamos (nós mulheres) de no máximo 5 meses de licença parental, paga a 83% se partilhar a licença com o pai (mais um mês). Ora, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha à amamentação até aos 6 meses como forma exclusiva de alimentação do bebe e até aos 2 anos, como complemento alimentar. As vantagens são inúmeras e conhecidas, tanto para o bebe, como para a mãe. Sendo uma “vacina natural”, as crianças terão assim menores probabilidades de apanhar vírus, infecções, alergias, etc. A mãe, tem menor probabilidade de desenvolver cancro da mama, para além de recuperar mais rapidamente do parto.

A amamentação é no entanto uma opção da mãe. Tem as suas dificuldades que poderão ser muito complicadas de gerir por algumas pessoas. Apesar das vantagens, deve ser uma decisão pessoal e não deve obviamente ser criticada por terceiros. A mulher deve no entanto ser apoiada nesta fase para tentar ultrapassar as dificuldades, caso assim o entenda.

Para além das vantagens directas para a saúde, há ainda a vantagem da relação mãe-filho ser estimulada e reforçada. O vínculo afectivo é fortalecido, sendo que as crianças ficarão mais seguras e com maior auto-estima. É por isso um momento único, dos dois, onde ambos ganham. A vinculação à mãe é fundamental para o desenvolvimento do bebe. Esta relação começa a ser construída ainda no ventre. No momento do parto, a magia acontece. Quando se vê um filho pela primeira vez e o colocam em cima de nós, é um momento inigualável, inexplicável, um sentimento tão belo e grande que não cabe no peito. A partir daí, e durante os primeiros anos de vida, a relação estabelecida com os pais vai marcar o adulto que o bebe será. É portanto importante que as medidas de incentivo à natalidade contemplem não só benefícios fiscais, apoios financeiros, melhores condições de saúde e de educação, mas que contemplem tempo para que os pais possam estar com os filhos. Possam mima-los, dar-lhes regras, criar rotinas, vê-los crescer, sendo sujeitos activos na sua educação e não apenas meros espectadores.

 

  Aleitamento Materno    

www.saudereprodutiva.dgs.pt/aleitamento-materno.aspx

www.sosamamentacao.org.pt

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